Melasma no Verão: Como evitar a piora e quais tratamentos são seguros nesta época

Tais Paz • 19 de novembro de 2025

O verão é um período desafiador para quem convive com melasma. A combinação de sol intenso, calor, radiação UVA e luz visível, além do infravermelho do ambiente, cria o cenário perfeito para o aumento da produção de melanina — e, consequentemente, para o escurecimento das manchas.


Por isso, mesmo pacientes que estavam estáveis ao longo do ano frequentemente apresentam piora entre novembro e março. O lado positivo é que, com as estratégias corretas e tratamentos adequados para a estação, é possível atravessar o verão com a pele protegida, estável e até com melhora.

O que torna o verão tão crítico para o melasma?

O melasma é uma condição multifatorial, mas três fatores se intensificam no verão e justificam a piora:


1. Radiação UVA

A radiação UVA atravessa nuvens e vidros. Ou seja, mesmo na sombra ou dentro do carro, ela ativa melanócitos. No verão, sua intensidade aumenta significativamente.


2. Calor

O calor desencadeia inflamação e vasodilatação, ativando a via inflamatória que estimula melanócitos.
Por isso, muitas vezes o melasma escurece mesmo quando o paciente “não pegou sol”.


3. Luz visível (especialmente a azul)

Presente em telas e no ambiente externo, a luz visível penetra profundamente e pigmenta com força, principalmente peles mais altas na escala de Fitzpatrick.

No verão, todos esses fatores se somam — por isso o melasma exige manejo mais estratégico.

Como evitar a piora do melasma no verão

1. Filtro solar correto (muito mais importante do que as pessoas imaginam)

Para pacientes com melasma, o FPS sozinho não resolve.

Os filtros mais eficazes combinam:

  • FPS 50+
  • PAV/PPD alto (proteção real contra UVA)
  • Filtros minerais (ótimos para luz visível)
  • Antioxidantes associados
  • Pigmento — protetores com cor são fundamentais


Dica prática: protetor com cor NÃO é opcional para quem tem melasma.


2. Reaplicar corretamente

No verão, a reaplicação deve ser:

  • a cada 2 horas em ambiente externo
  • a cada 4 horas em ambiente interno iluminado
  • após suor excessivo ou água


Protetor em pó ou bastão são excelentes aliados para reaplicação prática.


3. Evitar calor excessivo

Não é só o sol:

  • secador de cabelo no rosto
  • água quente do banho
  • cozimento próximo ao fogão
  • exercícios ao ar livre no calor extremo


Tudo isso inflama e estimula melanócitos.


4. Antioxidantes tópicos e orais

No verão, eles são indispensáveis.

Tópicos

  • Vitamina C estabilizada
  • Ácido ferúlico
  • Niacinamida
  • Resveratrol
  • Florentina + antioxidantes combinados

Orais

  • Polypodium leucotomos
  • Picnogenol
  • Astaxantina

Esses ativos diminuem dano oxidativo e reduzem a cascata inflamatória que escurece o melasma.

Tratamentos seguros para melasma no verão

Ao contrário do que muitos pacientes acreditam, existem sim tratamentos seguros para esta fase do ano. O segredo é atuar sem gerar inflamação.


1. Laser de Picossegundos (quando usado com protocolo seguro para verão)

O picossegundos é uma das tecnologias mais modernas para tratar melasma, e pode ser usado no verão desde que em baixa fluência e com protocolos específicos.
Ele age fragmentando pigmento sem aquecer tanto a pele — ao contrário de lasers mais quentes.

  • Reduz a pigmentação
  • Dá brilho e uniformiza o tom
  • Tem downtime mínimo

Importante: Em peles bronzeadas, o protocolo deve ser adaptado.


2. MMP ou drug delivery de clareadores suaves

Microinfusão pode ser feita com:

  • ácido tranexâmico
  • niacinamida
  • clareadores não fotossensibilizantes

É seguro desde que o paciente mantenha fotoproteção rigorosa.


3. Exossomos (tendência forte para 2025)

O uso de exossomos é promissor e totalmente seguro no verão porque não gera inflamação.
Eles ajudam a:

  • reduzir inflamação crônica do melasma
  • melhorar qualidade da pele
  • modular melanócitos indiretamente

Excelente opção para quem busca prevenção e manutenção.


4. Peelings leves

Peelings como:

  • ácido mandélico
  • ácido tranexâmico
  • ácido salicílico em baixa concentração

São permitidos no verão, especialmente para controlar oleosidade e brilho sem risco de manchar.


5. Skincare noturno inteligente

Durante o verão:

Evite:

  • ácido retinóico
  • ácido glicólico forte
  • peelings potentes

Eles sensibilizam mais a pele.


Prefira:

  • ácido tranexâmico
  • alfa-arbutin
  • niacinamida
  • kombucha clareadora
  • retinaldeído em baixa dose (quando bem indicado)

Esses ativos clareiam sem gerar inflamação.

Como manter o melasma estável durante as viagens e festas

Muitos pacientes pioram porque relaxam na rotina.


Checklist da viagem:

  • protetor com cor
  • antioxidante oral para usar diariamente
  • água thermal para resfriar a pele
  • cleanser suave para não irritar
  • clareador leve noturno


Na praia:

  • Reaplicar protetor com frequência
  • Usar chapéu
  • Óculos grandes
  • Evitar horários críticos (10h–16h)

Pequenas atitudes evitam meses de piora.

Quando esperar para tratar após o verão?

Se o melasma já está instável, muito escuro ou a paciente pegou sol recentemente, alguns procedimentos devem aguardar:

  • lasers fracionados quentes
  • peelings médios e profundos
  • retinóides fortes
  • sessões agressivas de picossegundos

Nesses casos, primeiro estabiliza-se a inflamação para só depois tratar com mais intensidade.

É possível atravessar o verão com o melasma controlado

Com fotoproteção correta, antioxidantes estratégicos e protocolos adequados para o calor, o melasma pode ser mantido estável mesmo nos meses mais críticos do ano.
E mais: muitos pacientes conseguem até
melhorar no verão quando usam as tecnologias certas, como picossegundos em baixa fluência, exossomos e clareadores suaves.

O segredo está no acompanhamento especializado — e na constância.

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