Xantelasma: causas, diagnóstico e tratamentos modernos para remover as placas amareladas nas pálpebras

Tais Paz • 16 de outubro de 2025

O xantelasma palpebral é uma alteração cutânea benigna, porém bastante incômoda do ponto de vista estético. Caracteriza-se por placas amareladas e bem delimitadas, localizadas principalmente nas pálpebras — superiores ou inferiores — e que podem aumentar progressivamente com o tempo.



Embora seja uma condição sem risco direto à saúde da pele, o xantelasma pode ser um marcador de distúrbios metabólicos, como alterações no colesterol e triglicerídeos, e exige avaliação dermatológica especializada.

O que é xantelasma?

O xantelasma (ou xantelasma palpebral) é uma forma localizada de depósito de lipídios — especialmente colesterol — na pele.

Essas placas aparecem mais comumente:

  • Na região medial das pálpebras superiores (próximas ao canto interno dos olhos);
  • Menos frequentemente, nas pálpebras inferiores;
  • De maneira bilateral e simétrica na maioria dos casos.

Clinicamente, o xantelasma se apresenta como placas planas ou levemente elevadas, de coloração amarelada ou amarelado-alaranjada, com superfície lisa e consistência macia. Com o tempo, podem se tornar mais evidentes, coalescer e gerar desconforto estético.

Importante destacar: o xantelasma não é contagioso, não é uma inflamação e não causa dor, mas pode causar impacto significativo na autoestima e qualidade de vida dos pacientes.

Fisiopatologia: o que acontece na pele?

A formação do xantelasma está relacionada ao acúmulo de macrófagos carregados de lipídios (chamados de células espumosas) na derme superficial. Esse processo é frequentemente consequência de níveis elevados de colesterol LDL e triglicerídeos, embora muitos pacientes apresentem exames normais.

Além da hipercolesterolemia, também há participação de fatores genéticos e alterações no metabolismo local dos lipídios na pele palpebral — uma região naturalmente mais fina e vascularizada, o que facilita a deposição.

Fatores de risco e condições associadas

O xantelasma pode acometer qualquer pessoa, mas alguns fatores aumentam consideravelmente o risco:


Dislipidemia: níveis elevados de colesterol total, LDL ou triglicerídeos estão presentes em até 50% dos casos.

Histórico familiar: há uma clara predisposição genética.

Hipercolesterolemia familiar: uma condição hereditária que leva ao acúmulo de colesterol desde cedo.

Idade: mais frequente entre 40 e 60 anos, mas pode ocorrer antes em casos familiares.

Sexo feminino: há leve predominância entre mulheres.

Diabetes e resistência à insulina: distúrbios metabólicos estão frequentemente associados.

Estilo de vida: tabagismo, sedentarismo e dieta rica em gorduras saturadas aumentam o risco.

Importante: mesmo pessoas com exames laboratoriais normais podem desenvolver xantelasma. Nesses casos, o fator genético tem um papel importante.

Diagnóstico

O diagnóstico do xantelasma é essencialmente clínico, feito através de uma avaliação cuidadosa da pele das pálpebras por um(a) dermatologista. Em alguns casos, dermatoscopia pode ser usada para melhor visualização da lesão.

Além disso, podem ser solicitados exames laboratoriais complementares, como:

  • Perfil lipídico (colesterol total, HDL, LDL, triglicerídeos);
  • Glicemia e hemoglobina glicada;
  • Avaliação de doenças associadas (como diabetes ou síndrome metabólica).


Diagnóstico diferencial

O xantelasma pode ser confundido com outras condições palpebrais, como:

  • milium — pequenos cistos esbranquiçados;
  • seringoma — lesões benignas das glândulas sudoríparas;
  • xantoma — depósito lipídico mais extenso em outras áreas do corpo.

O reconhecimento correto evita tratamentos inadequados e permite um planejamento terapêutico mais preciso.

Tratamentos modernos para xantelasma

Embora não existam cremes ou medicamentos tópicos capazes de remover o xantelasma por completo, os tratamentos dermatológicos avançados atuais permitem eliminá-lo com precisão e segurança, preservando a estética da região palpebral.

1. Laser de CO₂

O laser de CO₂ é hoje considerado um dos métodos mais eficazes e seguros para remoção do xantelasma.

Vantagens:

  • Alta precisão, atingindo apenas a lesão;
  • Mínimo sangramento e rápida recuperação;
  • Risco reduzido de cicatrizes;
  • Excelente resultado estético;
  • Sessão rápida, geralmente com anestesia local tópica.

Em muitos casos, uma única sessão é suficiente, embora lesões maiores possam requerer retoques.

2. Excisão cirúrgica

Indicado para lesões profundas, extensas ou recidivadas. A retirada é feita com anestesia local e sutura delicada, minimizando cicatrizes.

Essa técnica permite remoção completa da lesão, mas exige avaliação cuidadosa da pálpebra para preservar a anatomia natural.

Cuidados após o procedimento

O pós-procedimento é fundamental para otimizar a cicatrização e minimizar riscos de complicações ou pigmentação residual.

Entre as principais recomendações:

  • Higienizar a região suavemente com sabonete neutro ou solução fisiológica;
  • Aplicar pomadas cicatrizantes ou antibióticas conforme prescrição médica;
  • Evitar exposição solar direta e usar protetor solar físico na região;
  • Não remover crostas ou casquinhas — elas fazem parte da cicatrização;
  • Evitar maquiagem ou produtos irritantes até liberação médica;
  • Retornar ao consultório para avaliação da evolução da pele.

Recidiva: o xantelasma pode voltar?

Sim, existe risco de recidiva, especialmente se a causa metabólica subjacente não for tratada.

Para reduzir esse risco, é fundamental:

  • Controlar níveis de colesterol e triglicerídeos;
  • Adotar hábitos de vida saudáveis (alimentação equilibrada, exercícios, evitar tabaco);
  • Acompanhar com exames periódicos;
  • Fazer tratamento com técnicas adequadas e profissionais experientes.

Pacientes com hipercolesterolemia familiar ou genética têm maior chance de recidiva, e podem precisar de tratamentos complementares ao longo dos anos.

O xantelasma palpebral é uma condição benigna, mas que pode indicar distúrbios metabólicos importantes e causar desconforto estético relevante. Felizmente, os avanços da dermatologia estética permitem removê-lo com segurança e alta precisão.

O acompanhamento médico é essencial não apenas para remover a lesão, mas também para investigar causas associadas e prevenir recidivas.

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