Proteção solar em crianças: quando começar e como escolher

9 de junho de 2025

A pele das crianças é delicada, sensível e imatura. Isso significa que ela reage de forma diferente (e muitas vezes mais intensa) aos estímulos do ambiente — especialmente ao sol. E embora muita gente associe o uso do protetor solar apenas a passeios na praia ou piscina, a verdade é que a exposição aos raios ultravioleta (UV) acontece diariamente, mesmo em dias nublados ou dentro do carro.

Ao longo dos anos, essa exposição acumulada pode trazer consequências sérias, como envelhecimento precoce, surgimento de manchas, enfraquecimento da barreira cutânea e aumento do risco de câncer de pele na vida adulta. É por isso que o cuidado com a fotoproteção deve começar o quanto antes — com orientação médica e produtos adequados para cada idade.

Por que a pele das crianças precisa de cuidados especiais?

A estrutura da pele infantil é diferente da pele adulta em vários aspectos:

  • A camada córnea, responsável pela proteção mecânica e química, é mais fina e menos coesa.
  • Há menor produção de melanina, o que reduz a defesa natural contra os raios UV.
  • A pele é mais permeável, o que favorece a absorção de substâncias externas (inclusive irritantes e alergênicas).
  • A função de barreira cutânea está em desenvolvimento, tornando a pele mais propensa a ressecamento, irritações e dermatites.

Por tudo isso, a proteção solar nas crianças precisa ser feita com muito cuidado, responsabilidade e produtos específicos.

Protetor solar para bebês: a partir de que idade pode usar?

Segundo as diretrizes da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Academia Americana de Pediatria (AAP), o uso de protetor solar não é recomendado em bebês com menos de 6 meses de idade.


Por quê?

  • Nessa fase, a pele é extremamente fina e permeável, o que aumenta o risco de absorção sistêmica dos componentes químicos do filtro solar.
  • A capacidade de termorregulação do bebê é limitada, o que pode agravar reações adversas.
  • Os rins e o fígado ainda não têm maturidade plena para metabolizar possíveis toxinas.


O que fazer, então?

Para bebês de até 6 meses, a melhor forma de proteção solar é a barreira física:

  • Mantenha o bebê sempre na sombra
  • Evite passeios ao ar livre entre 10h e 16h
  • Use roupas leves, de algodão, com mangas compridas
  • Invista em chapéus de aba larga
  • Utilize carrinhos e sombrinhas com proteção UV


A partir dos 6 meses: liberação com critérios

A partir dos 6 meses de idade, o uso de protetor solar específico para bebês ou crianças passa a ser seguro e recomendado, especialmente nos casos em que a exposição solar não pode ser evitada.

Como escolher o melhor protetor solar infantil?

Procure produtos com as seguintes características:

Critério O que observar
FPS Mínimo FPS 30. O ideal é FPS 50 ou mais, especialmente em peles claras
Proteção UVA e UVB Certifique-se de que o produto tenha amplo espectro
Tipo de filtro Filtros físicos (minerais) são os mais seguros: contêm óxido de zinco ou dióxido de titânio
Composição Sem álcool, fragrâncias, corantes, parabenos ou conservantes agressivos
Resistência à água Escolha versões resistentes à água e ao suor (ideal para praia, piscina ou brincadeiras)
Hipoalergênico Produtos testados dermatologicamente e oftalmologicamente

Dica importante: protetores com filtros físicos costumam deixar uma camada esbranquiçada na pele — isso é normal e até desejável, pois indica a presença do escudo protetor.

Como aplicar o protetor solar em crianças: passo a passo

A eficácia do protetor solar depende tanto da fórmula quanto da forma de aplicação.

Veja como garantir a proteção ideal:

  1. Aplique 20 a 30 minutos antes da exposição ao sol
  2. Use quantidade generosa em todas as áreas expostas: rosto, orelhas, pescoço, nuca, braços, pernas, dorso dos pés e mãos
  3. Reaplique o produto a cada 2 horas ou sempre que a criança suar muito, nadar ou se enxugar com toalha
  4. Em dias nublados ou dentro do carro, o uso continua sendo necessário, pois os raios UVA atravessam vidros e nuvens

E os adolescentes? A proteção deve continuar

Durante a adolescência, a estrutura da pele se aproxima da de um adulto, mas a exposição solar sem proteção continua sendo um fator de risco importante. Nessa fase, é comum a preocupação com acne, oleosidade e estética.

Felizmente, já existem protetores solares formulados para essa faixa etária, com:

  • Texturas oil-free ou toque seco
  • Ação matificante
  • Fórmulas com ativos calmantes ou antiacne
  • Tonalizantes, que ajudam a uniformizar o tom da pele

Dicas extras para proteger a pele das crianças no dia a dia

  • Crie o hábito desde cedo: aplique o protetor junto com a escovação dos dentes
  • Prefira roupas com fator de proteção UV
  • Utilize óculos escuros com proteção certificada
  • Evite exposição entre 10h e 16h
  • Ensine seu filho sobre os riscos do sol e a importância do autocuidado

Protetor solar infantil causa alergia?

A maioria dos protetores infantis é desenvolvida com fórmulas suaves e seguras, mas reações alérgicas ainda podem ocorrer. Se você notar vermelhidão, coceira, descamação ou irritação após a aplicação, suspenda o uso e procure um dermatologista.

Alguns filtros químicos e fragrâncias são os principais vilões de reações alérgicas em crianças com pele sensível. Por isso, sempre verifique os rótulos e prefira opções testadas dermatologicamente.

A infância é uma fase crucial para a educação em saúde e para a prevenção de doenças futuras. A exposição solar inadequada nos primeiros anos de vida é um fator de risco importante para o desenvolvimento de câncer de pele na vida adulta — e também para o surgimento precoce de manchas, sardas e alterações na textura da pele.

Cuidar da pele das crianças não é apenas uma questão estética. É um ato de amor, responsabilidade e saúde.

A proteção solar deve ser parte da rotina diária da família, e o uso do protetor solar infantil deve começar a partir dos 6 meses, com a escolha de produtos adequados e orientação médica.

Agendar consulta
Por Tais Paz 22 de outubro de 2025
A busca por um contorno corporal mais firme, uniforme e harmônico faz parte das principais demandas nos consultórios dermatológicos. A região dos glúteos é uma das áreas que mais recebem atenção, especialmente quando o objetivo é tratar celulite, flacidez e irregularidades da pele . Com os avanços da dermatologia estética, procedimentos como bioestimuladores de colágeno e subcisão vêm se consolidando como técnicas de alto impacto, com resultados naturais, duradouros e progressivos. Vamos detalhar como funcionam esses tratamentos, quando são indicados, e como podem ser associados para potencializar os resultados na área glútea.
Por Tais Paz 16 de outubro de 2025
O xantelasma palpebral é uma alteração cutânea benigna, porém bastante incômoda do ponto de vista estético. Caracteriza-se por placas amareladas e bem delimitadas , localizadas principalmente nas pálpebras — superiores ou inferiores — e que podem aumentar progressivamente com o tempo.  Embora seja uma condição sem risco direto à saúde da pele, o xantelasma pode ser um marcador de distúrbios metabólicos , como alterações no colesterol e triglicerídeos, e exige avaliação dermatológica especializada.
Por Tais Paz 9 de outubro de 2025
Nos últimos anos, a medicina regenerativa com gordura se tornou uma das técnicas mais procuradas por pacientes que desejam rejuvenescer de forma natural , com resultados duradouros e seguros. Ao contrário dos métodos convencionais que apenas preenchem ou suavizam rugas, essa abordagem utiliza o próprio tecido adiposo do paciente — uma fonte riquíssima de células-tronco, fatores de crescimento e matriz extracelular — para estimular a regeneração da pele de dentro para fora . Com técnicas avançadas como microfat grafting , nanofat grafting , fração líquida da gordura (SVF) e Lipocube , os benefícios vão além da estética: tratam-se de efeitos biológicos e regenerativos com impacto real na qualidade e vitalidade da pele.  Se você busca um tratamento facial moderno, seguro e natural , entenda agora por que a medicina regenerativa com gordura tem se tornado um dos maiores avanços da dermatologia estética .
Por Tais Paz 1 de outubro de 2025
A medicina regenerativa com gordura é hoje uma das áreas mais comentadas e promissoras da dermatologia estética. Isso porque vai além de apenas repor volume ou camuflar rugas: trata-se de um tratamento que utiliza o próprio tecido adiposo do paciente como fonte de células regenerativas , capazes de estimular a pele de dentro para fora, promovendo rejuvenescimento, melhora da qualidade cutânea e até reparo tecidual. Esse tecido adiposo contém não apenas adipócitos (células de gordura), mas também uma fração riquíssima em células-tronco mesenquimais, pericitos, fatores de crescimento e matriz extracelular , que têm poder regenerativo . Com a evolução tecnológica, diferentes técnicas foram desenvolvidas para separar e aplicar as frações da gordura de acordo com cada necessidade clínica. Os principais tipos são: microfat grafting, nanofat grafting, fração líquida da gordura (SVF) e Lipocube . Vamos explorar em detalhes como funciona cada técnica, para quem é indicada, seus diferenciais e benefícios.
Por Tais Paz 25 de setembro de 2025
A medicina regenerativa com gordura é uma das técnicas mais inovadoras da dermatologia estética. Ela utiliza tecido adiposo autólogo do próprio paciente para promover rejuvenescimento facial, reparação de tecidos, estímulo da produção de colágeno e melhora da textura da pele .  Diferente de preenchedores sintéticos, a gordura é uma fonte rica em células-tronco do tecido adiposo, fatores de crescimento e matriz extracelular , que agem diretamente na regeneração celular e na bioestimulação cutânea . Com técnicas como nanofat grafting e microfat grafting , é possível tratar desde olheiras profundas e cicatrizes de acne até perda de volume facial, promovendo resultados naturais e duradouros.
Por Tais Paz 19 de setembro de 2025
O desejo de envelhecer bem e de manter uma aparência saudável e harmoniosa tem feito cada vez mais pessoas buscarem procedimentos estéticos. Entre os tratamentos mais populares, o preenchimento facial com ácido hialurônico se destaca por oferecer resultados rápidos, seguros e com pouco tempo de recuperação. No entanto, junto com essa popularização, também surgiram dúvidas e receios: “Será que vou ficar artificial?”, “O preenchimento vai mudar completamente meu rosto?”, “Todos ficam iguais depois do procedimento?”. Essas preocupações são legítimas, mas a verdade é que o preenchimento não precisa — e não deve — transformar o rosto ou criar uma aparência artificial . Pelo contrário, quando realizado com técnica, conhecimento e bom senso, ele pode ser a chave para valorizar a beleza natural, sem exageros e sem perder a identidade facial . Neste artigo, vamos explicar em detalhes o que é o preenchimento facial, como funciona, quais áreas podem ser tratadas, os mitos e verdades sobre o procedimento e, principalmente, como garantir um resultado natural e harmônico.
Por Tais Paz 11 de setembro de 2025
Unhas bem cuidadas sempre foram sinônimo de vaidade, elegância e autoestima. Com a popularização dos alongamentos em fibra de vidro, gel, acrílico e porcelana , muitas pessoas passaram a contar com a praticidade de manter as unhas impecáveis por semanas, sem necessidade de esmaltação frequente. Apesar da estética atraente, é fundamental lembrar que as unhas são estruturas vivas e frágeis , e o uso contínuo desses procedimentos pode abrir espaço para problemas de saúde. Entre eles, um dos mais comuns e subestimados é a infecção bacteriana por Pseudomonas aeruginosa , conhecida popularmente como “unha verde”.
Por Tais Paz 4 de setembro de 2025
O rejuvenescimento da região dos olhos é um dos grandes desejos de quem procura a dermatologia estética. Afinal, é justamente nessa área que os primeiros sinais do envelhecimento costumam aparecer. Rugas finas, olheiras, bolsas de gordura e flacidez palpebral são queixas frequentes – mas existe uma condição ainda menos conhecida pelo público: o festoon malar , também chamado de malar bags ou bolsas malares . Apesar de pouco falado fora dos consultórios médicos, o festoon malar pode causar um impacto significativo na harmonia facial, trazendo um aspecto de cansaço persistente e até mesmo de inchaço patológico. Com os avanços tecnológicos, hoje é possível compreender melhor esse problema e tratá-lo de forma cada vez mais precisa.
Por Tais Paz 29 de agosto de 2025
Nos últimos 20 anos, os preenchimentos faciais revolucionaram a dermatologia estética. Com eles, foi possível devolver o volume perdido com o envelhecimento, suavizar rugas e até transformar contornos faciais de forma rápida e minimamente invasiva. Entretanto, um novo movimento vem mudando a forma como pacientes e especialistas enxergam o rejuvenescimento: a chamada era da estética regenerativa . Mais do que apenas preencher, o objetivo é estimular os processos naturais de reparo da pele , oferecendo resultados mais sutis, duradouros e saudáveis.  Será esse o começo do fim da era dos preenchimentos?
Por Taís Paz 21 de agosto de 2025
O universo do skin care nunca esteve tão em alta — e não apenas entre adultos. Nos últimos anos, cada vez mais adolescentes (ou “teens”) têm demonstrado interesse em cuidar da pele. Esse movimento é alimentado, principalmente, pelas redes sociais, onde vídeos curtos e tutoriais coloridos viralizam e despertam a curiosidade de quem está vivendo uma fase marcada por transformações físicas, hormonais e emocionais. Mas será que todos esses cuidados são realmente necessários? Será que a pele adolescente precisa de tantos produtos, ácidos e séruns? A verdade é que, apesar das boas intenções, muitas vezes o excesso de informações e a influência digital levam os jovens a adotar práticas que podem prejudicar a saúde da pele em vez de ajudar.