Queda Capilar: Causas, tipos e tratamentos mais indicados

18 de junho de 2025

A queda de cabelo é uma das queixas mais frequentes nos consultórios dermatológicos. Ela pode afetar homens e mulheres de diferentes idades e ter impacto direto na autoestima, na imagem pessoal e até no bem-estar emocional.

Embora a queda capilar seja um processo natural do ciclo de crescimento dos fios, é fundamental saber quando ela ultrapassa o limite considerado normal e passa a exigir atenção médica.

Se você está percebendo um aumento na queda de cabelo, vamos te ajudar a entender as principais causas, os tipos mais comuns e os tratamentos mais modernos disponíveis.

Queda de cabelo: o que é considerado normal?

É importante entender que todos nós perdemos fios de cabelo diariamente. Em média, é normal perder de 50 a 100 fios por dia, como parte do ciclo natural de crescimento capilar, que inclui três fases:

  • Anágena: fase de crescimento (dura anos)
  • Catágena: fase de transição (dura semanas)
  • Telógena: fase de queda (dura algumas semanas)

Por isso, encontrar alguns fios no travesseiro, no ralo do chuveiro ou na escova é completamente normal. A preocupação deve surgir quando a queda se torna excessiva, difusa, localizada ou persistente.

Principais causas da queda capilar

A queda de cabelo pode ter múltiplas causas, muitas vezes associadas entre si.

Entre as mais comuns, destacam-se:

1. Eflúvio telógeno

Ocorre quando há uma alteração no ciclo capilar, levando muitos fios para a fase de queda ao mesmo tempo.

As causas mais frequentes incluem:

  • Estresse físico ou emocional
  • Pós-parto
  • Cirurgias
  • Doenças infecciosas (incluindo Covid-19)
  • Carências nutricionais (falta de ferro, zinco, vitamina D, entre outros)
  • Uso de medicamentos (antidepressivos, anticoagulantes, entre outros)

Característica principal: queda difusa, intensa, porém reversível quando a causa é tratada.


2. Alopecia androgenética (calvície)

Mais comum em homens, mas também pode afetar mulheres.

  • Causa genética e hormonal
  • Ocorre uma miniaturização progressiva dos fios
  • Nas mulheres, pode ser percebida como um afinamento difuso no topo da cabeça

Característica principal: queda progressiva, com rarefação capilar principalmente na região frontal e superior da cabeça.


3. Alopecia areata

Uma doença autoimune em que o próprio organismo ataca os folículos capilares.

  • Surgimento de falhas arredondadas e bem delimitadas no couro cabeludo
  • Pode afetar sobrancelhas e barba também
  • Em alguns casos, pode evoluir para formas mais extensas

Característica principal: queda repentina e localizada.


4. Queda capilar por deficiências nutricionais

A falta de nutrientes essenciais pode comprometer a saúde dos fios.

  • Deficiência de ferro, zinco, vitamina D, vitamina B12, entre outros
  • Dietas muito restritivas ou perda rápida de peso podem agravar o quadro

Característica principal: fios mais fracos, quebradiços e com queda difusa.


5. Doenças do couro cabeludo

Inflamações, infecções fúngicas (como a tinha do couro cabeludo) ou condições como dermatite seborreica podem favorecer a queda.

Característica principal: presença de coceira, descamação ou feridas no couro cabeludo, além da queda.

Como é feito o diagnóstico da queda de cabelo?

O diagnóstico da queda capilar deve ser feito por um dermatologista especializado em tricologia (área da dermatologia que estuda os cabelos e o couro cabeludo).

Durante a consulta, o médico pode realizar:

  • Anamnese detalhada: histórico clínico, hábitos alimentares, uso de medicamentos, histórico familiar
  • Exame físico do couro cabeludo e fios
  • Teste de tração: para avaliar a fragilidade dos fios
  • Exames laboratoriais: para investigar deficiências nutricionais, alterações hormonais ou doenças sistêmicas
  • Tricoscopia: exame que analisa o couro cabeludo com aumento, permitindo avaliar o padrão de miniaturização ou inflamação
  • Biópsia do couro cabeludo (em casos específicos)

Quais são os tratamentos mais indicados para queda de cabelo?

O tratamento da queda capilar é sempre personalizado, levando em consideração a causa, o tipo de alopecia e as condições de saúde do paciente.

Entre as abordagens mais utilizadas estão:

Tratamentos tópicos:

  • Minoxidil: um dos medicamentos mais usados para estimular o crescimento capilar
  • Loções manipuladas: com ativos como fatores de crescimento, cafeína, biotina, entre outros


Tratamentos orais:

  • Suplementação vitamínica e mineral: após diagnóstico de carências nutricionais
  • Finasterida / Dutasterida: indicadas para alopecia androgenética (uso mais comum em homens, mas também pode ser indicada para mulheres em casos específicos)
  • Antiandrogênicos: como espironolactona ou acetato de ciproterona, principalmente em mulheres com alopecia androgenética


Procedimentos dermatológicos:

  • Microinfusão de medicamentos na pele (MMP capilar): técnica que aplica ativos diretamente no couro cabeludo para estimular o crescimento
  • Drug Delivery com laser ou microagulhamento: facilita a penetração de medicamentos tópicos
  • Intradermoterapia capilar: aplicação de ativos diretamente no couro cabeludo por meio de microinjeções
  • Plasma rico em plaquetas (PRP capilar): procedimento em que se utiliza o próprio sangue do paciente para estimular o crescimento dos fios


Novas terapias:

  • Exossomos e fatores de crescimento recombinantes
  • Laser de baixa potência: terapia com luz para estimular os folículos capilares

A importância de começar o tratamento cedo

Quanto mais cedo for iniciado o tratamento da queda capilar, maiores são as chances de recuperação e controle do quadro. Muitos tipos de alopecia são progressivos, o que significa que o tempo pode agravar a perda definitiva de folículos.

Além disso, o tratamento precoce permite preservar os fios existentes, estimular o crescimento de novos fios e melhorar a qualidade do cabelo.

Cuidados diários para prevenir e tratar a queda capilar

Além do tratamento prescrito pelo dermatologista, alguns hábitos simples podem ajudar no dia a dia:

  • Tenha uma alimentação equilibrada
  • Evite químicas agressivas e o uso excessivo de calor (secador, chapinha)
  • Lave o couro cabeludo com regularidade, mas evite exageros
  • Escolha shampoos adequados para seu tipo de cabelo e couro cabeludo
  • Mantenha os exames laboratoriais em dia
  • Reduza o estresse sempre que possível

Quando procurar um dermatologista?

Procure ajuda médica se perceber:

  • Aumento repentino da queda
  • Áreas de falhas ou rarefação visíveis
  • Mudança na textura ou na espessura dos fios
  • Coceira, dor ou inflamação no couro cabeludo
  • História familiar de calvície precoce

Apenas um dermatologista pode realizar o diagnóstico correto e indicar o tratamento mais adequado para o seu caso.

Se você está enfrentando queda de cabelo ou deseja uma avaliação personalizada da saúde do seu couro cabeludo, agende sua consulta.

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